terça-feira, 12 de abril de 2011

A Pedagogia Musical de Orff - União entre Gesto, Música e Palavra


O compositor alemão Carl Orff, além de tantas obras renomadas, foi um dos grandes nomes a incorporar em linha de frente os Métodos Ativos em Educação Musical. Iniciou seus trabalhos em pedagogia da música em Munique, junto a Dorothee Günther com quem criou a Günther-Schule, “escola para educação moderna corporal e de dança”. Vemos já aí as raízes da filosofia educacional de Orff, uma vez que este intentou unir a linguagem verbal, a dança e a música, na busca de um método capaz de sensibilizar musicalmente as crianças, desde muito cedo.
Para Orff, a aquisição das habilidades avançadas em improvisação com o piano poderiam ser substituídas pela utilização de uma grande variedade de instrumentos de percussão. Jaramillo (2004) conta que foi necessário enriquecer as ideias iniciais de Orff para adaptar o método para os pequenos. Assim, Orff propôs um material adequado, criando instrumentos de percussão e trabalhando com a expressividade vocal, palavras faladas, rimas, cantos e um repertório baseado em escalas pentatônicas.
Orff parte da premissa que não existem adultos ou crianças que não possam aprender música. Uma formação adequada, portanto, poderia desenvolver a capacidade de se perceber ritmos, alturas e formas musicais, além de tornar possível a participação de todos em atividades criativas coletivas. Nas suas bases de ensino, ele inclui elementos próprios de seu estilo de compor, como formas e texturas derivadas de ingredientes primitivos, ou seja, intervalos diatônicos, heterofonia, ostinatos, bordões, tríades em movimento paralelo interpretados com vozes e instrumentos e associados à linguagem e aos movimentos corporais. Portanto, o conceito de educação musical de Orff nasce da necessidade de expressividade e tem como núcleo a união entre gesto, música e palavra, considerando esta última em seus significados literais, como substância rítmica e de articulação de frases e sílabas. Chama a isto de “música elementar”.
Assim, as ideias de Orff conectam-se, da mesma forma que as de Dalcroze, ao conceito de Método Ativo, pois a partir delas, possibilita-se aos alunos a plena atividade, criatividade, motivação, autonomia, mesmo que trabalhem em produções musicais coletivas.

Referências:

FONTERRADA, M. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. São
Paulo: Editora da UNESP, 2005.

JARAMILLO. Métodos históricos o activos en educación musical. Revista Electrônica de LEEME. n? 14, novembro de 2004. http://musica.rediris.es

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Turma da 3ª edição do pós "Música: Ensino e Expressão" da Universidade Feevale


Queridos integrantes da turma da 3ª edição do pós, ótimos estudos para todos vocês! Espero que possamos fazer muitas reflexões produtivas!!
Um abração!