Pessoal, sei que o tema que trago neste curso não é exatamente sobre Educação Musical, mas todos os professores, inclusive os de música, precisam conhecer um pouco sobre a psicologia do desenvolvimento moral da criança para poderem agir com êxito na escola.
Portanto, quero divulgar a minha oferta de extensão na FACCAT para este segundo semestre:
COMO ENFRENTAR A INDISCIPLINA NO AMBIENTE ESCOLAR
Este é um assunto que interessa a todos e, por isso, muitos acadêmicos da FACCAT me pediram para abordar novamente o tema em minhas extensões por lá!
Confiram os detalhes abaixo:
Ministrante(s): Profª Patrícia Kebach
Público-alvo: acadêmicos do Curso de Pedagogia e demais interessados
Período: 30 de agosto; 6, 13, 20 e 27 de setembro; 4, 11, 18 e 25 de outubro; 1° de novembro (sempre às terças-feiras à noite)
Horário: das 19h30min às 22h30min
Local: Campus da FACCAT
Investimento: R$ 100,00 ou 2 parcelas de R$ 50,00 (acadêmicos ativos ou formados na FACCAT); R$ 120,00 ou 2 parcelas de R$ 60,00 (demais interessados)
Período de inscrições: até 25 de agosto
Inscrições: www.faccat.br
Vagas: 40
Promoção:
Curso de Pedagogia
domingo, 31 de julho de 2011
sábado, 30 de julho de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Sensibilização e Iniciação ao Canto
Se você tem vontade de experimentar a voz e expressar-se mais livremente, venha fazer parte desse momento!!!
Com foco na percepção, expressão e criação dentro de uma abordagem orgânica, buscamos através das vivências, ampliar nossa consciência corporal e vocal.
A partir de exercícios vocais, respiratórios, corporais, meditativos e agregando a exploração rítmica, melódica e harmônica da voz, sons corporais, improvisações e criações espontâneas expandimos a percepção e criatividade, reforçamos a auto-estima, clareza e a confiança na expressão e na comunicação como um todo.
Vivência Aberta
30 de Julho – Sábado – 10h30min às 12h30min
(contribuição espontânea)
Oficina – 10 encontros
Segundas-feiras (15/AGO a 17/OUT)
das 15 às 17h30min
Local
CORPO ALEGRE – Centro de Movimento, Arte e Cultura
Felizardo Furtado, 32 – Petrópolis – Porto Alegre
Facilitadora
EDNA JACOBUS - Licenciada em Educação Musical e Bacharel em Regência Coral pela UFRGS, com formação em PNL, Leitura Corporal, Rakiram e Vozterapia
Informações e Inscrições
Edna – 3388 6107 / 9911 3869
ednajacobus@gmail.com
Vagas limitadas!!!
Reserve a sua!!!
Com foco na percepção, expressão e criação dentro de uma abordagem orgânica, buscamos através das vivências, ampliar nossa consciência corporal e vocal.
A partir de exercícios vocais, respiratórios, corporais, meditativos e agregando a exploração rítmica, melódica e harmônica da voz, sons corporais, improvisações e criações espontâneas expandimos a percepção e criatividade, reforçamos a auto-estima, clareza e a confiança na expressão e na comunicação como um todo.
Vivência Aberta
30 de Julho – Sábado – 10h30min às 12h30min
(contribuição espontânea)
Oficina – 10 encontros
Segundas-feiras (15/AGO a 17/OUT)
das 15 às 17h30min
Local
CORPO ALEGRE – Centro de Movimento, Arte e Cultura
Felizardo Furtado, 32 – Petrópolis – Porto Alegre
Facilitadora
EDNA JACOBUS - Licenciada em Educação Musical e Bacharel em Regência Coral pela UFRGS, com formação em PNL, Leitura Corporal, Rakiram e Vozterapia
Informações e Inscrições
Edna – 3388 6107 / 9911 3869
ednajacobus@gmail.com
Vagas limitadas!!!
Reserve a sua!!!
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Diário de campo do primeiro dia da pesquisa da Musicalização em Projetos Sociais: Surpresa Incrível!
Alexandre Herzog, nobre seguidor deste blog e meu bolsista de iniciação científica, e eu fomos ontem até Riozinho para observar de perto o projeto social que elegemos por lá. Essa foi a nossa primeira saída de campo para compreender mais de perto a musicalização que ocorre nos projetos sociais da região do Vale do Paranhana, que abrange as cidades gaúchas de Riozinho, Rolante, Taquara, Parobé, Três Coroas e Igrejinha. Elegemos em Riozinho o projeto música para a Comunidade, oferecido pela Secretaria de Educação para todas as pessoas que se interessarem em aprender a tocar violão. O objetivo é envolver crianças, jovens e adultos em atividades culturais, prevenindo situações de violência na cidade, uso de drogas, trabalhando a cultura local, etc.
Somos encaminhados pela Secretária de Educação até a sala onde ocorrem as aulas de violão. Várias crianças e adolescentes, com diferentes idades estão com seus violões a postos e o professor explica como se faz o ritmo da batida às crianças. Cada uma tem a frente uma pasta com letras de músicas cifradas que serão tocadas naquela noite. Eles tocam música do folclore gauchesco naquele momento. Chegamos anunciando que gostaríamos de observar como ocorrem ali as aulas de violão, digo que venho de Montenegro, mas trabalho na FACCAT, em Taquara, que Alexandre está me ajudando a fazer uma pesquisa por lá, etc.
Vejo a cena da aula de música iniciar e ela me parece muito familiar. O professor aponta para os mesmos aspectos que o meu próprio professor de violão apontava. Reconheço no jeito de tocar do professor algo realmente familiar. A metodologia é tradicional, mas as crianças parecem gostar daquele ambiente, pois procuram as canções nas pastas com entusiasmo. Algumas estão um pouco tímidas, em função de nossas presenças “estranhas”. Afinal, Alexandre está com a filmadora na mão e eu observo a cena atentamente. No final de uma música, o professor pára, olha para mim e me questiona: “Tu conheces o Walter Alexandre?” Respondo que sim, que é meu pai, ao que ele responde: “Tu és muito parecida com tua mãe... E este rapaz é teu irmão?”. Digo que não, mas que todos pensam que sim, pois somos realmente muito parecidos. O professor me responde: “Pois foi teu pai quem me ensinou a tocar! Ele foi meu primeiro professor de violão”.
Para mim, pesquisa significa:
Vontade de aprender, de elucidar, de descobrir os mecanismos escondidos, as causas, as interdependências;
Tarefa de abertura criativa a um caminho incerto;
Mistério estimulante, aventura intelectual;
Invenção ou adaptação de métodos de observação e análise;
A pesquisa é um modo de apropriação ativa de conhecimentos que acabam por extrapolar aqueles objetivos iniciais propostos no projeto que realizamos, como forma de mapear as coisas que se pretende descobrir. Fui procurar conhecer o ambiente de musicalização de Projetos Sociais e acabo por descobrir parte de minha própria história.
Moro há vários anos em Montenegro, mas nasci em Taquara, uma das cidades que fazem parte do Vale do Paranhana e na qual hoje trabalho. Saí de lá com apenas um ano de idade, mas sempre voltei para participar do Festival de Música “Ciranda Musical Teuto-Riograndense”. Nosso grupo Som Arte participou de todas as edições. Seu líder era o Walter Alexandre Kebach, ou seja, o papai, que além de musicalizar o professor do projeto observado em Riozinho e várias pessoas da região do Paranhana, musicalizou também toda nossa família. Na época em que morávamos em Taquara, ele tinha uma academia de música em Taquara e dava aulas particulares de música também em Rolante, cidade mais próxima de Riozinho. Foi lá que o professor do projeto se musicalizou.
Lembrei, então, que o papai aprendeu música no presídio, na época em que era guarda penitenciário, cujos detentos eram portadores de tuberculose. Foi ali, em meio a pessoas em situação de vulnerabilidade social que Walter Alexandre Kebach aprendeu a tocar violão, passatempo predileto dos detentos e dele próprio, pois sempre comentava que isso os aproximava (guarda e detentos), tornando aquele clima tão hostil em um ambiente agradável de convivência!
Saí do primeiro dia da observação de campo com uma sensação agradável de encontrar respostas muito mais profundas para as questões que me fiz inicialmente. Fico imaginando quantas surpresas a mais ainda irei ter durante esta coleta de dados, e quão ricas serão as reflexões desta pesquisa que podemos dizer que ainda se encontra em fase inicial!
É com orgulho e satisfação que digo que a musicalização do Vale do Paranhana começou dentro do seio de minha própria família e agora se expande para projetos tão nobres quanto este mapeado ontem!
Para vocês verem como este mundo dá voltas!!!
Somos encaminhados pela Secretária de Educação até a sala onde ocorrem as aulas de violão. Várias crianças e adolescentes, com diferentes idades estão com seus violões a postos e o professor explica como se faz o ritmo da batida às crianças. Cada uma tem a frente uma pasta com letras de músicas cifradas que serão tocadas naquela noite. Eles tocam música do folclore gauchesco naquele momento. Chegamos anunciando que gostaríamos de observar como ocorrem ali as aulas de violão, digo que venho de Montenegro, mas trabalho na FACCAT, em Taquara, que Alexandre está me ajudando a fazer uma pesquisa por lá, etc.
Vejo a cena da aula de música iniciar e ela me parece muito familiar. O professor aponta para os mesmos aspectos que o meu próprio professor de violão apontava. Reconheço no jeito de tocar do professor algo realmente familiar. A metodologia é tradicional, mas as crianças parecem gostar daquele ambiente, pois procuram as canções nas pastas com entusiasmo. Algumas estão um pouco tímidas, em função de nossas presenças “estranhas”. Afinal, Alexandre está com a filmadora na mão e eu observo a cena atentamente. No final de uma música, o professor pára, olha para mim e me questiona: “Tu conheces o Walter Alexandre?” Respondo que sim, que é meu pai, ao que ele responde: “Tu és muito parecida com tua mãe... E este rapaz é teu irmão?”. Digo que não, mas que todos pensam que sim, pois somos realmente muito parecidos. O professor me responde: “Pois foi teu pai quem me ensinou a tocar! Ele foi meu primeiro professor de violão”.
Para mim, pesquisa significa:
Vontade de aprender, de elucidar, de descobrir os mecanismos escondidos, as causas, as interdependências;
Tarefa de abertura criativa a um caminho incerto;
Mistério estimulante, aventura intelectual;
Invenção ou adaptação de métodos de observação e análise;
A pesquisa é um modo de apropriação ativa de conhecimentos que acabam por extrapolar aqueles objetivos iniciais propostos no projeto que realizamos, como forma de mapear as coisas que se pretende descobrir. Fui procurar conhecer o ambiente de musicalização de Projetos Sociais e acabo por descobrir parte de minha própria história.
Moro há vários anos em Montenegro, mas nasci em Taquara, uma das cidades que fazem parte do Vale do Paranhana e na qual hoje trabalho. Saí de lá com apenas um ano de idade, mas sempre voltei para participar do Festival de Música “Ciranda Musical Teuto-Riograndense”. Nosso grupo Som Arte participou de todas as edições. Seu líder era o Walter Alexandre Kebach, ou seja, o papai, que além de musicalizar o professor do projeto observado em Riozinho e várias pessoas da região do Paranhana, musicalizou também toda nossa família. Na época em que morávamos em Taquara, ele tinha uma academia de música em Taquara e dava aulas particulares de música também em Rolante, cidade mais próxima de Riozinho. Foi lá que o professor do projeto se musicalizou.
Lembrei, então, que o papai aprendeu música no presídio, na época em que era guarda penitenciário, cujos detentos eram portadores de tuberculose. Foi ali, em meio a pessoas em situação de vulnerabilidade social que Walter Alexandre Kebach aprendeu a tocar violão, passatempo predileto dos detentos e dele próprio, pois sempre comentava que isso os aproximava (guarda e detentos), tornando aquele clima tão hostil em um ambiente agradável de convivência!
Saí do primeiro dia da observação de campo com uma sensação agradável de encontrar respostas muito mais profundas para as questões que me fiz inicialmente. Fico imaginando quantas surpresas a mais ainda irei ter durante esta coleta de dados, e quão ricas serão as reflexões desta pesquisa que podemos dizer que ainda se encontra em fase inicial!
É com orgulho e satisfação que digo que a musicalização do Vale do Paranhana começou dentro do seio de minha própria família e agora se expande para projetos tão nobres quanto este mapeado ontem!
Para vocês verem como este mundo dá voltas!!!
quinta-feira, 14 de julho de 2011
segunda-feira, 11 de julho de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
Núcleo de Estudos e Vivência em Música Corporal - RS
Num dos domingos mais frios do ano aqui no Sul, tive contato pela primeira vez com pessoas que marcarão para sempre minha existência e aqueceram minha alma, pela viagem na qual embarcamos juntos, numa nave sonoro-musical pilotada pelo Professor Stenio Mendes, do Núcleo Pedagógico do Grupo Barbatuques.
Os educadores musicais que trabalham com o movimento corporal podem "desbloquear tensões e inibições, conscientizando seus alunos e livrando-os dos preconceitos e condicionamentos sociais que criam inúmeros empecilhos para a livre manifestação do ser em sua integralidade, tornando-os mais criativos” (LIMA e RÜGER, 2007, p.113). A tomada de consciência sobre a importância de se efetivar as relações entre o trabalho corporal e a musicalização pode contribuir muito para um trabalho pedagógico mais significativo.
A relação do movimento corporal na construção do conceito de ritmo (BÜNDCHEN, 2005, p.5) a partir de um trabalho de composição coletiva "favorece a compreensão da estruturação rítmica, desencadeando tomadas de consciência a partir da observação de si mesmo, pois é o próprio corpo em movimento que desenha os tempos no espaço".
Sentir o próprio corpo nesse processo favorece a performance, contribuindo com a afinação, a descontração e a expressividade do grupo.
Rodrigues (2009) estuda as relações entre o movimento corporal e a construção musical investigando as relações possíveis de serem estabelecidas entre a música e a dança. A autora propõe que “para a música, cada gesto explorado e ampliado proporciona uma maior interpretação, musicalidade, dinamismo, melhora da técnica e execução da obra musical” (idem, p. 48) e afirma que “Como a música e a dança são artes afins, completando-se em gesto e sentido, é necessário um novo olhar sobre ambas, desprovido de preconceito, carregado de uma sensível leitura por parte do educador e do sujeito/artista” (idem, p. 49).
Pesquisas francesas, apontam para a importância de fazer do corpo um instrumento de apropriação da linguagem musical. Uma delas é de Claire Noisette (1997) que salienta a necessidade que as crianças possuem de se movimentar. Aliar música e movimento proporciona o prazer da descoberta das possibilidades sonoro-corporais. Tanto músicos quanto dançarinos se beneficiam desta aprendizagem conjunta, já que os dançarinos devem estar à escuta de seu corpo, do corpo dos outros, dos sons e do espaço em volta, e o músico, por sua vez, deve aprender a conhecer seu próprio corpo, a se mexer, a procurar melhorar sua atitude corporal, aprimorando, assim, sua execução e sua capacidade de expressão.
Valeu, queridíssimos!!! Mais um dia compartilhado artisticamente que ficará no meu coração!!!
Márcio, com seu citar indiano, enfeitou nosso encontro e o tornou ainda mais mágico!!
Elinka e Thiaguito, obrigada por tudo!!!
Stenio, nosso guru, repito: és um ser iluminado!!
Referências bibliográficas:
BÜNDCHEN, Denise B. S. A relação ritmo-movimento no fazer musical criativo: uma abordagem construtivista na prática de canto coral. Dissertação de Mestrado. UFRGS – FACED, 2005.
LIMA, Sonia Albano de; RÜGER, Alexandre Cintra Leite. O trabalho corporal nos processos de sensibilização musical. Opus, Goiânia, v. 13, n. 1, p. 97-118, jun. 2007.
NOISETTE, Claire. L’enfant, le geste et le son. Paris: Cité de la Musique, Centre de Ressources Musicales et Dance, 1997.
RODRIGUES, Márcia. Apreciação musical através do gesto corporal. In.: BEYER, E. & KEBACH, P. Org.) Pedagogia da Música: experiências de apreciação musical. Porto Alegre: Mediação, 2009.
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