quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Apresentação dos participantes da Oficina de Musicalização Corporal em Roraima

Sensíveis, criativos, mais do que musicais... Assim posso denominar este pessoal que participou da formação que ofereci no ano passado na UFRR.
Os participantes mesclaram excertos de atividades que realizamos com base nos métodos de Orff, Dalcroze, de Lucas Ciavatta e, especialmente, nos ensinamentos do professor Stenio Mendes do Núcleo Educacional do Barbatuques.
Vejam esta floresta inicial!! Só quem mora em Roraima, tão próximo à natureza pode produzir sons assim!!

Formação em Educação Musical na cidade gaúcha de Fazendo Vilanova



No dia 10 de setembro estive em Fazenda Vilanova realizando uma Oficina para os professores da rede municipal de ensino, a convite da Secretaria de Educação. Essa é uma formação gerenciada pela Empresa Gestão, que oferece assessoria a várias prefeituras do estado.





Conforme havia prometido para os professores participantes, compartilho aqui alguns momentos inesquecíveis desta formação.





A Secretária de Educação Lisete Cenci, no início da oficina, estava apreensiva, já que ali estavam reunidos professores de várias áreas e também que trabalham com diversas faixas etárias. Contou-me que estava refletindo: "Como seria este momento? O que faríamos para contemplar a diversidade do público presente?"
Ao final da formação, todos compreenderam que as atividades com jogos lúdicos e práticas divertidas servem para sensibilizar crianças, jovens e adultos, e as adaptações que temos de realizar para contemplar cada faixa etária não são difíceis de ser realizadas.




Ao realizarmos a avaliação final, os depoimentos dos participantes demonstraram certo alívio por compreenderem que trabalhar com a música na escola não é nenhum "bicho de sete cabeças"! Basta começarmos a explorar as possibilidades de organizações sonoro-musicais de modo criativo. Precisamos ampliar nossas escutas para os sons do mundo ou para a diversidade de expressões musicais das várias culturas. Enfim, os professores devem entender que não irão trabalhar com a música para transformarem as crianças, jovens ou adultos em músicos profissionais, mas sim, em seres sensíveis, capazes de sentir com mais profundidade aquilo que ouvem, que se tornem aptos a se expressarem musicalmente e a compreenderem as diferentes funções da música na sociedade.




A música deve estar na escola para ampliar as possibilidades de expressão através da arte musical e sua compreensão. E foi isso que tentamos exercitar naquele sábado ensolarado em Fazenda Vilanova!!! Muito obrigada pelo calor humano, pela recepção acolhedora e pelas participações tão concentradas na oficina!!!

A contribuição das novas tecnologias de informação e comunicação para a Educação Musical na Educação Infantil

O Trabalho de Conclusão de Carla Kieling, intitulado "A contribuição das novas tecnologias de informação e comunicação para a construção do conhecimento musical dos aprendizes de música da educação infantil", sob minha orientação traz grandes contribuições para o cenário da pré-escola. Deem uma olhadinha no resumo abaixo.



RESUMO: As novas tecnologias de informação e comunicação provocaram uma grande revolução em nossa sociedade, gerando um novo universo de ferramentas didático-pedagógicas no campo da educação musical. A utilização de tais recursos com o enfoque construtivista e interacionista pode ser aproveitado para proporcionar atividades significativas aos educandos. Tomando tais considerações como ponto de partida, realizou-se uma pesquisa-ação para buscar a melhor compreensão dos efeitos da utilização das novas tecnologias de informação e comunicação no processo de construção de conhecimento de aprendizes de música da educação infantil, respeitando uma abordagem construtivista. A pesquisa se justificou pela necessidade de compreensão da construção do conhecimento musical quando associada à utilização dessas ferramentas. As conclusões do trabalho demonstram que as formas oportunizadas pelas novas tecnologias de informação e comunicação auxiliam na construção do conhecimento dos educandos, permitindo soluções criativas, dentro da realidade dos educandos. Os alunos cooperaram entre si no momento de suas organizações sonoro musicais, realizando trocas produtivas com o apoio das novas tecnologias utilizadas. A partir dessa pesquisa, propõe-se que uma educação musical voltada à expressão e ao desenvolvimento da construção do conhecimento de aprendizes de música na educação infantil pode ocorrer de modo significativo e produtivo se os professores se utilizarem cada vez mais das Novas Tecnologias para variar estratégias de ensino e aprendizagem musical. Para isso, os professores devem estar inteirados sobre as possibilidades de ação e formas de utilização deste novo universo tecnológico disponível atualmente.

Palavras-chave: Novas tecnologias de informação e comunicação , educação infantil e construtivismo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Oficina de música na UFRR - parte 1 e 2

Em 2010 estive em Roraima, na UFRR, trabalhando com vários Arte-educadores de lá. Abaixo, dois pedacinhos desta formação. Estávamos improvisando sons com o corpo. Do Caburaí ao Chuí, "música é arte e o corpo faz parte"!!



sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Arranjos pra lá de criativos!!!

Se vocês prestarem atenção em todos os vídeos que postei abaixo, encontrarão uma coisa em comum: MUITA CRIATIVIDADE!! Pura arte!!! Para muito além do desenvolvimento técnico, música é arte, é vida, é expressividade, capacidade de comunicar...
É esta a Educação Musical contemporânea que queremos nas escolas!!!

Barbatuques e o trabalho com as crianças

Ainda bem que existe o Barbatuques!!!! Bravo para esta iniciativa!!!!!

Mawaca - Hotaru Koi

Reparem no uso do diafragma delas!

Adriana Partimpim -- Ciranda da Bailarina - Videoclipe Oficial

Pato Fu - Música de Brinquedo - Live And Let Die (Paul & Linda McCartney).

Pequeno Cidadão - O Sol e a Lua

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Nova saída de campo: PROJETO PERCUSSÃO E PREVENÇÃO EM PAROBÉ - Iniciativa da Comunidade Terapêutica Criar Vitória

Ontem marcamos um encontro com Adilson, fundador da Comunidade Terapêutica Criar Vitória, em Parobé, para conhecer de perto o que este amigo vem realizando, em termos de prevenção às drogas e promoção da saúde. Além de conversar conosco, Adilson e os residentes da Comunidade deixaram-nos observar, Alexandre e eu, as atividades de musicalização que acontecem, não só dentro da comunidade, mas especialmente com crianças dos bairros carentes, em risco social, a fim de preveni-las quanto ao uso de drogas. O objetivo é incentivar, durante as aulas de percussão, não somente a construção musical, mas especialmente chamar a atenção dos jovens e envolvê-los, durante as atividades, no ato de participação coletiva e reflexão sobre a importância da organização, disciplina, espiritualidade e outros valores que são necessários para que os jovens não caiam nas tentações do mundo das drogas. É assim que Adilson vem realizando seu belíssimo trabalho. Ele costuma levar alguns assistentes sociais e psicólogos para conversarem com os pais enquanto trabalha com as crianças.

O que vimos ontem: na tentativa de ilustrar o trabalho que realiza em termos de educação musical e prevenção, Adilson realizou uma oficina de percussão com os residentes.

O que sentimos ao presenciar a cena: pessoas absolutamente envolvidas, concentradas, participativas, queridas, tentando resgatar valores especiais como a espiritualidade, o auto-controle, o pertencimento, o equilíbrio emocional, a organização, o sentimento de camaradagem, a alegria de viver!!! Vimos rostos emocionados ao tocarem e cantarem, pessoas refletindo sobre suas próprias vidas, tentando tomar o controle e direção de suas próprias vidas!

Ao realizarmos tarefas musicais, podemos perceber que se não damos atenção ao social, se não seguimos a mesma pulsação, não conseguimos nos coordenar para tocarmos a mesma música. Mas se todos estamos na mesma sintonia, na mesma pulsação vital, então, podemos até criar nosso próprio caminho com liberdade, e estaremos agindo dentro dos nossos limites, sem invadir o espaço dos outros, coordenados, harmoniosos, mas com autonomia. Foi isso que aprendi ontem, é isso que os residentes e as crianças que passam pelo projeto de Adilson aprendem!!!

Naveguem pelo site para conhecer o lindíssimo ambiente da Comunidade Terapêutica Criar Vitória, conheçam os projetos, outros links sobre o assunto e notícias da Comunidade!

http://criarvitoria.com.br/projetos/

Adilson começou seu projeto utilizando materiais recicláveis em 2008, dando um passo de cada vez e hoje tem o reconhecimento de várias prefeituras, empresas e de toda Comunidade do Vale do Paranhana!!!
Parabéns!!

Obrigada ao residente que conversou conosco sobre o projeto, sobre as atividades de musicoterapia pelas quais passou na Comunidade e por nos ensinar coisas importantes, dividindo suas dores, seus projetos e suas buscas!!

E muito obrigada ao Adilson por abrir as portas para nos receber!!!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Formação em Nova Prata: sempre tão participativos e criativos!!!







Cada vez que trabalho em Nova Prata, volto mais maravilhada de lá! Além da bela recepção que o pessoal da Secretaria da Educação sempre me oportuniza, os professores que participam das formações são muitos entusiasmados e pró-ativos!!! Nossa, quanta criatividade artístico-musical!!!







Nova Prata está preocupada em implantar a música na escola de modo significativo. Portanto, esta formação teve como objetivo refletir sobre a Lei 11.769, além de trazer exemplos práticos de como se trabalhar a música na Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental.




A lei que obriga o ensino da música na escola deve entrar em vigor a partir de agosto deste ano, e como Educadora Musical, sinto-me feliz por tantas iniciativas como esta. Não são poucas as cidades que vem proporcionando a seus professores a formação continuada na área, para garantir que o ensino da música seja qualificado no ambiente escolar.






Valeu mais uma vez, Nova Prata!!!!!
Maria, um beijo grande e especial para ti!!!!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MOMENTO MAIS DO QUE ESPECIAL NO DIA 31 DE AGOSTO


Na aula de "Fundamentos e Metodologia da Musicalização", que ministro para a turma da Pedagogia da FACCAT, existem muitas meninas que são formandas. Elas habitualmente são muito agitadas, pois em tempos de formatura, andam para lá e para cá, acertando os detalhes da cerimônia de colação de grau, tirando fotos para os convites, participando de reuniões de TCC, etc.
Mas na aula passada estavam mais agitadas que habitualmente. Percebi também que estavam ainda mais lindas. Então, comentei: "Meninas, como vocês estão bonitas, todas maquiadas,nossa!!! Poderiam vir sempre assim!! Que maravilhosas". Elas nada me responderam.
Então, dei início às nossas atividades e elas entravam e saiam da sala em duplas, algumas voltavam com as camisetas da turma de formandas da Pedagogia. Realmente, estava difícil trabalhar os conceitos foucaultianos de "poder-pudor" de Rosa Fuks, relativo às "musiquinhas de comando". Inclusive as colegas já estavam ficando perturbadas com tanto furdunço na sala!!!
Mas, começou a "cair a minha ficha", quando uma das meninas deixou transparecer um cordão de sua mão e percebi que carregava um apito!!
No instante seguinte, surgiu uma fotógrafa e um cinegrafista na sala de aula, direcionando suas lentes para mim. Aí, meu coração disparou e comecei a compreender aquele fenômeno!!!!! Patrícia Lopes, minha orientanda, então, ajoelha-se na minha frente, recita uma bela poesia sobre o ato de educar e me pergunta se eu aceito ser professora homenageada da turma de formandas da pedagogia de 2011!!!!!
UAU!!! Que sensação!! É claro que comecei a chorar de emoção!!! Esta é a primeira homenagem que me fazem na FACCAT!!! Nesse momento, entraram as outras com apitos, flautas, e muito entusiasmo para me abraçar!! Que lindo, gurias!! esta cena vai ficar para sempre no meu coração.... Agora preciso comprar um vestido bem bonito para comparecer a este cerimonial de colação de grau bem bonitinha para fazer jus a esta magnífica homenagem!!!
São esses momentos, entre vários emocionantes, que me fazem AMAR A PROFISSÃO DE PROFESSORA!!!

Muito obrigada!!!

domingo, 4 de setembro de 2011

PROJETO QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA ROLANTE RS-4ºANO11 12 10


Nesta sexta-feira, Alexandre e eu partimos para mais uma aventura!! Desta vez na cidade de Rolante para conhecer o projeto "Quem canta seus males espanta", realizado pela Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Cultura. Essa foi uma ideia da minha amiga Joyce Aline Reis da Costa, que volta e meia está na FACCAT, participando das bancas de minhas orientandas da Pedagogia que focam seus estudos para a área das Artes! Afinal Joyce, além de trabalhar na Secretaria de Educação, tem seus estudos voltados também para a área do teatro. Foi assim que o pessoal da Prefeitura convidou o professor Sérgio para ensinar uma porção de instrumentos musicais para a galerinha da escola Hugo Zimmer. Flauta, escaleta, violão, teclado ou bateria, o que eles tiverem afim, o Sérgio "se vira" e coloca na jogada!!!
A música que vocês podem conferir aí abaixo, foi composta pelas próprias crianças do projeto, não foi o profe Sérgio quem fez, não!! Ele só ajudou!!!



Os objetivos do Projeto são despertar, desenvolver e aprimorar a musicalidade de crianças e adolescentes interessados em aprender algum instrumento e, inclusive, retirar crianças dos riscos provenientes de vulnerabilidade social, desenvolvendo a auto-estima, a educação e o amor pela arte. No projeto, visa-se a fortalecer os vínculos familiares, comunitários e sociais, valorizando o trabalho desenvolvido, promovendo apresentações artísticas. Os estudantes estão divididos em 10 turmas de 10 alunos (as) cada, duas horas por grupo em turno inverso

Segundo o que a Joyce nos contou, todas as vezes que pais e mães recebem um convite para as novas apresentações em saraus do "Quem canta seus males espanta" é uma festa!!!! A comunidade inteira se envolve e prestigia a gurizada!!

Sérgio trabalha em suas aulas:
• Teoria e prática de instrumentos harmônicos e melódicos (violão, flauta doce e escaleta);
• Iniciação ao canto e solfejo musical;
• O Trabalho em equipe.
• Aproveitamento de conhecimentos em outros instrumentos. O projeto conta com bateria, contrabaixo eletroacústico, teclado eletrônico e instrumentos de percussão adquiridos pela prefeitura municipal;
• Gravação de músicas compostas em sala de aula, em estúdio de gravação;
• Eventualmente e na medida do progresso dos alunos, são realizadas apresentações na escola, na comunidade e em festivais estudantis, bem como em outras cidades quando são convidados.
• Apreciação, criação, interpretação e contextualização musical;
• Sarau com apresentações dos alunos com convite especial para suas famílias.

Para eleger o repertório a ser trabalhado, o professor Sérgio realiza uma pesquisa com a garotada, e através desta, dá preferência ao estilo escolhido pela maioria. Sérgio vai ao encontro das teorias do cotiando propostas por autores atuais da educação musical! Como se pode notar no vídeo acima, além de trabalhar o desenvolvimento técnico e teórico-musical com a garotada, ele sempre proporciona o espaço da criação, cujas crianças e adolescentes são convidados a comporem música! Sérgio ajuda no sentido de procurar arranjar essas composições contemplando as possibilidades de execução de cada criança que participa do projeto.
O professor também propõe um repertório a ser trabalhado paralelamente, visando a desenvolver determinados conteúdos e segundo seus objetivos em cada aula.
Através de uma diversidade de ações, as crianças de Rolante estão tendo esta linda oportunidade de se abastecerem culturalmente neste lindo projeto.
Ao entrevistar o professor e ao ver seus olhos brilharem, compreendemos que estas crianças não poderiam estar nas mãos de um melhor Educador Musical!!!! Parabéns Sérgio!!!!!!!!!!! Obrigada por ter aberto seu espaço de educação musical para conferirmos tudo de pertinho!!!


Estudantes do 1º ao 9º anos das escolas Hugo Zimmer e Santo Antônio, selecionados previamente. Tendo um total de 100 crianças e adolescentes.

Trabalha-se o resgate de cultura local ou isso não faz parte dos objetivos?
Certamente. Quando aproveitamos conhecimentos trazidos de casa, muitas vezes resgatamos uma cultura enraizada e que contribui para a identidade do projeto. Valorizamos a cultura da nossa região.